Segundo testemunhas, mergulhador foi atropelado por lancha na região do Farol da Barra na terça-feira (2)
A morte de Erivan José Pedroso, 61 anos, gerou revolta de mergulhadores da região da Barra. Segundo testemunhas, ele foi atropelado por uma lancha - a causa da morte, no entanto, ainda não foi confirmada oficialmente.
De acordo com a classe, apesar da boia de sinalização utilizada por quem faz a atividade, é comum ver embarcações ignorando a distância recomendada. Habib Júnior é mergulhador e organizou ato no Porto da Barra nesta quarta-feira (4) para protestar por mais fiscalização na região marítima, que é de responsabilidade da Marinha.
“A Marinha, antigamente, era bastante presente aqui e ativa na fiscalização. No entanto, hoje está menos ativa e, no final de semana, não atua da maneira que deveria, deixando a galera fazer o que quer na região. Aqui direto passa lancha beirando a costa em velocidade e com condutores embriagados. Tudo isso coloca em risco quem pratica esporte e os banhistas”, reclama ele, reivindicando uma maior presença da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA) no local.
Procurada pela reportagem para dar detalhes sobre a operação no local, a Capitania não deu detalhes sobre a atuação na Barra, mas garantiu que fiscaliza a orla marítima. “A CPBA informa que fiscaliza e ordena, rotineiramente, o tráfego aquaviário na sua área de jurisdição, a fim de garantir a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana no mar e a prevenção da poluição ambiental provocada por embarcações, conforme previsto na Lei n° 9.537/97 (LESTA), que estabelece as atribuições e competências da Autoridade Marítima”, escreve.
Crédito: Marina Silva/CORREIO - Boias de sinalização de mergulho são ignoradas por embarcações |
A principal reclamação dos mergulhadores se dá por conta do comportamento dos condutores de embarcações, que ignoram as boias de sinalização de mergulho, fundamentais para evitar acidentes. “Existem diversas boias de sinalização que são utilizadas para evitar acidentes e o mergulhador que foi morto estava utilizando, mas muitos dos condutores ignoram e não ficam a 100 metros de distância, como é recomendado para evitar acidentes. Isso nos coloca em uma situação muito perigosa”, reclama Habib.
O caso da morte do mergulhador é investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico). Procurada para responder sobre o caso, a Polícia Civil informou que as guias periciais e de remoção foram expedidas e os laudos devem atestar a causa da morte.
Por, CORREIO