Moradores afirmam que Ana Paula e Laisa Cailane foram mortas após um boato no bairro, de que elas passavam informações sobre o tráfico de drogas na região para a Polícia Militar.
Foto: Arquivo Pessoal - Mãe e filha foram mortas no bairro de Fazenda Grande, em Salvador |
A Polícia Civil da Bahia já identificou o suspeito de matar a tiros uma mulher de 39 anos e a filha dela, de 21, na noite de domingo (4), no bairro de Fazenda Coutos, no subúrbio de Salvador. O corpo das vítimas serão sepultados nesta terça-feira (6), no Cemitério Municipal de Plataforma.
Testemunhas contam que o autor do crime atirou em Laisa Cailane Biitencourt Reis, que estava na frente do imóvel onde ela morava. Em seguida, entrou no imóvel e executou a mãe dela, Ana Paula dos Santos Bittencourt.
"Nós estávamos aqui na frente, todo mundo se divertindo e, de repente, chegou um rapaz lá, de chapéu, que já tinha passado [na frente da casa] mais cedo", relatou uma testemunha que preferiu não revelar a identidade.
Os moradores afirmam que as vítimas foram mortas após um boato no bairro, de que elas passavam informações sobre o tráfico de drogas na região para a Polícia Militar.
"Inventaram coisa com os nomes da mãe e da filha. Dizendo que elas ficavam chamando polícia aqui para área e é uma coisa que não tem nada a ver", afirmou a um morador, que por medo, também preferiu não se identificar.
"Foi por causa de fofoca. Isso foi o motivo, mas eu descarto essa possibilidade. Jamais fariam isso, porque elas eram nascidas e criadas aqui na rua. Não iam fazer isso e continuar morando aqui".
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A jovem Laisa Cailane foi socorrida e levada para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos. Já a mãe dela, Ana Paula, foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paripe, mas também morreu.
Laisa Cailane morava com o namorado e o irmão. O filho dela morava com a avó, Ana Paula, e um outro irmão dela.
A jovem morta planejava se mudar para o Rio Grande do Sul por causa da violência e falta de oportunidades de emprego.
A autoria e motivação do crime são investigadas na 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), que fica no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Por g1 BA e TV Bahia